Rui Curado Silva
Rui Rio propôs que autarquias muito endividadas deveriam ser geridas por uma comissão administrativa e não ter eleições. Dado que o seu partido é um dos principais responsáveis por esse fardo (a Figueira que o diga…), teria sido mais coerente se propusesse que o seu partido não concorresse às câmaras que endividou.
Os eleitores têm o direito de votar noutras formações políticas e em independentes que não defendem uma economia baseada na dívida excessiva amarrada ao poder dos mercados. O estado de Baden-Württemberg, na Alemanha, e os islandeses já fizeram essa escolha, elegendo governos da família dos Verdes e das esquerdas alternativas (a mesma do Bloco de Esquerda). A Holanda e a Grécia poderão seguir o exemplo. Suspender a democracia se não forem os mesmos a ganhar, como defende Rio, é inaceitável.
As Beiras, 14 de Junho de 2012
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