Rui Curado Silva
Em 1942, no tempo do Evaristo e da Dona Rosa, o Pátio das Cantigas é invadido em festa por uma marcha popular que reflete a realidade e as dinâmicas bairristas da época.
70 anos depois, as marchas do São João da Figueira já não são orgânicas, já não refletem as dinâmicas bairristas, já não são um escape da energia dos jovens, são uma obrigação que é preciso cumprir uma vez por ano, um esforço económico e humano de clubes e de associações fortemente atrofiados.
Será que uma festa de cariz bairrista que celebra um santo tem que ser obrigatoriamente assim? Será que as marchas representam os interesses culturais e as dinâmicas sociais dos nossos jovens e das nossas associações? Não há diferença entre a conceção de cultura e de identidade bairrista entre 1942 e 2012?
As Beiras, 21 de Junho de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário