quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Incompatibilidades punidas pelo CHUC


As Beiras, 26 de Junho de 2012


Incompatibilidades punidas pelo CHUC
O deputado do Bloco de Esquerda (BE), João Semedo, obteve ontem a garantia da administração do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) de que “ia ser implacável” quanto aos profissionais que ocupavam cargos na IdealMed. No final do encontro com os administradores, o deputado referiu que estes lhe prometeram que a questão já está a ser tratada pelo departamento jurídico do CHUC, não havendo ainda decisões tomadas relativamente a este assunto.

João Semedo aproveitou o encontro para alertar a administração do estratagema que está a ser usado pela unidade privada, ou seja, “de chefes de serviço passaram a ser consultores de serviço”. “Os administradores referiram que alguns dos nomes terão sido abusivamente utilizados”, frisou o deputado. O deputado bloquista aproveitou o encontro para questionar os responsáveis relativamente à integração dos hospitais, encerramento das urgências nos Covões e o financiamento. Relativamente à integração, ela está a decorrer “com alguma prudência”,
de forma a ultrapassar as dificuldades que possam existir ao longo do processo.

Tendência é para queda mais acentuada
Quanto ao encerramento do serviço de urgência dos Covões, João Semedo reconheceu que o processo tem decorrido sem sobressaltos, mas lembrou que “a queda acentuada de pessoas” a aceder aos serviços terá ajudado a esta situação. “E a tendência aponta para uma queda ainda mais acentuada nos próximos tempos”, disse.


Em termos de financiamento, o deputado do BE gostou de ouvir o presidente do conselho de administração do CHUC garantir que a fusão não levará à saída de profissionais e que a sua preocupação é que, apesar dos cortes financeiros, esta situação não se reflita “na qualidade dos serviços prestados”. “Ao contrário de outros, que ficam mais descansados, eu entro e saio das unidades do Serviço Nacional de Saúde mais preocupado”, frisou.



Antes da deslocação ao CHUC, João Semedo deslocou-se à Lousã. Junto às instalações do novo Centro de Saúde, o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Saúde garantiu que irá questionar o Governo sobre o adiamento da abertura do novo Centro de Saúde da Lousã. Um investimento de dois milhões de euros e em que foram detetados “graves erros técnicos”.

Deputado não pôde entrar na Lousã
O deputado tentou visitar as instalações, mas não pôde entrar, devido à ausência de uma engenheira alegadamente indicada pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro para abrir a porta e acompanhar a visita. 

“Vamos perguntar ao Governo por que é o Centro de Saúde não abre” e não é posto ao serviço dos utentes, disse, frisando que o BE “também estranha a ausência da ARS” na visita e que o próprio diretor executivo em exercício do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte 1 (ACES-PIN 1), Figueiredo Fernandes, confirmou ter sido autorizada pela Administração Regional.

Também uma fonte da ARS disse que a visita de João Semedo “às duas USF da Lousã e ao novo edifício do Centro de Saúde foi autorizada oportunamente e comunicada à direção do ACES para os devidos efeitos”.

João Semedo reuniu-se com Figueiredo Fernandes e os coordenadores das unidades de saúde familiar (USF) Serra da Lousã e Trevim Sol (João Rodrigues e Marília Pereira, respetivamente), a funcionar num edifício da Misericórdia da Lousã, pelo qual o Ministério da Saúde paga 6.000 euros de renda mensal.

João Semedo inteirou-se dos “graves erros técnicos” detetados na nova infraestrutura, que podem “inviabilizar a instalação das duas USF” do concelho.

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