O território da nossa freguesia está situado na zona serrana do
concelho, no entanto não estamos integrados na chamada Zona de Pinhal Interior
e como tal não temos acesso às ajudas que são prestadas pelo Estado Português e
pela União Europeia às chamadas zonas de Pinhal.
De igual forma, não integramos a chamada Zona do
Baixo Mondego, uma zona agrícola de referência também ela dotada de apoios
comunitários e estatais.
Enfim mais parece que estamos situados num ENCLAVE
onde não chegam o IGUAL ACESSO DE OPORTUNIDADE, o DIREITO e a JUSTIÇA, não
sendo zona reconhecida como de Pinhal deveríamos ter direito a ser reconhecidos
como Zona Agrícola Especial (aquelas que estão fora das Zonas Agrícolas ou
Florestais estabelecidas) onde fosse possível a exploração das águas existentes
nos lençóis freáticos para irrigação dos terrenos agrícolas. Existe uma razão
muito simples para este pensamento, porque:
-> As nossas freguesias são rurais, o total da área
passa a ser 16,71 quilómetros quadrados de superfície. Aproximadamente 90%
desta área é agrícola ou florestal cuja rentabilidade é diminuta.
-> À excepção da vinha e do olival qualquer outra
cultura torna-se rudimentar, mesmo a de subsistência, por vários factores,
principalmente o da falta de água.
Assim, existem dificuldades acrescidas para quem
ainda queira amanhar a terra, e nunca os executivos das Juntas se preocuparam
em ajudar ou incentivar essa actividade.
Hoje, com dificuldades cada vez maiores para todos
nós, poderá a terra ajudar-nos a minimizá-las através do seu amanho.
Todos nós devemos aproveitar esta altura de CRISE
para promover a criação de um banco de terras, organizar ou ajudar a organizar
a cedência de terras aráveis promovendo contractos que garantam a segurança dos
proprietários e dos utilizadores.
Podem os órgãos de gestão autárquica local (Junta
de Freguesia) colocar os seus meios próprios à disposição, para ajudar a
preservação deste bem que é a TERRA.
José Joaquim
Simão
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