As referências à nossa Freguesia e às
aldeias que a compõem, perdem-se na bruma dos tempos, sendo mesmo
anteriores à fundação nossa nacionalidade.
Porém, a história não se ficou por aí,
foi-se fazendo ao longo dos tempos e de geração em geração até chegar aos dias
de hoje.
A nossa história foi
construída assente nos costumes, nos símbolos, na cultura e na vida
de todos os dias, onde se foram desenvolvendo diversas
atividades económicas, quer de subsistência como a agricultura, quer
artesanais, como o canteiro (o homem que talha a pedra), a tecedeira, o
carpinteiro, quer também com finalidade comercial, como são exemplo os
vestígios vários lagares.
Muitas destas atividades e profissões
desapareceram para sempre, fruto da industrialização que veio substituir os
homens e os materiais.
Também na agricultura, por efeito da sua
mecanização, muitas das antigas alfaias foram entrando em desuso, podendo
muitas delas perderem-se para sempre!
Para que nossa História se
continue a construir, é fundamental que a memória das profissões
passadas, as ferramentas e os objetos do desse quotidiano, não fiquem
irremediavelmente perdidas, assim como as atividades rurais que hoje ainda
existem.
Para que essas memórias perdurem e
se transmitam às novas gerações, entendemos ser fundamental criar um Museu
sobre o quotidiano rural da União de Freguesias de Vila Seca e Bem da Fé.
José Joaquim Simão
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