Queremos ter uma Junta de proximidade aos cidadãos, ser um serviço público ao dispor das populações.
A vida é feita de causas e podemos ser activistas permanentemente.
Foi este o nosso lema desde o início e foi este o nosso objectivo: fazer passar a mensagem em nome do bloco, representar as populações e exercer a cidadania. Fazer passar a mensagem de uma nova esquerda.
Não tinhamos qualquer experiência sobre o modo e forma como estas coisas funcionam.
Perante o cenário que o efeito "Marisa" provocou, procurámos encontrar forma de nos afirmarmos como Bloco, julgo que o conseguimos.
Tendo sido os resultados autárquicos menos de 50% dos votos das Europeias não é motivo para que sintamos que foi um descalabro. É um facto: a inexperiência, a falta de estruturas concelhias, a falta de liderança ou a falta de implementação em meios rurais são motivos que podem definir onde existiu vontade e faltou componente política.
Os números existem, é um facto. Representamos eleitores (45) na freguesia de Vila Seca. Não sendo uma representatividade participativa, é contudo uma representatividade de observação e de intervenção, a atenção será centralizada no desempenho da assembleia de freguesia, na política autárquica, no levantar de questões relacionadas com os problemas das aldeias e no fazer passar as nossas ideias.
Julgo ser possível aos elementos do Bloco (aderentes e simpatizantes independentes) acompanhar as assembleias de freguesia e, perante aquilo a que se assiste, questionar a J. F. àcerca das questões que do nosso ponto de vista são prejudiciais ao bem-estar do nosso povo.
Assumimos um compromisso eleitoral com a freguesia, as IDEIAS são objectivos que podemos tentar levar à assembleia, podemos fazê-lo individualmente, mas lembrando que são ideias do Bloco.
A sensibilização das pessoas quanto ao nosso trabalho em nome das populações e ao exercício da cidadania na nossa freguesia poderão levar a que encontremos mais pessoas para o nosso projecto.
Tendo por base o programa do Bloco para os problemas ambientais, preservação do património e educação, podemos acompanhar com maior atenção estas áreas na nossa freguesia.
Neste momento, 18 de Outubro de 2009, não sei qual a disponibilidade para a coisa por parte dos elementos das listas (assembleia de freguesia e assembleia municipal).
Não sei se vai existir continuidade colectiva se individual. A organização de qualquer estrutura representativa do Bloco, seja concelhia, seje a nível da freguesia, deveria começar a ser montada de forma a acompanhar desde a tomada de posse os trabalhos da assembleia de freguesia, no entanto não existe qualquer informação relativa a qualquer movimentação nesse sentido por parte dos elementos das listas do partido, nem do contacto da concelhia de Coimbra.
Hoje vamos reunir, vamos ver quem está disponível, em que condições e para quê; vamos analisar a forma como nos vamos organizar.
É possível a continuação do projecto e a reorganização deste grupo, em nome do Bloco ou como grupo de cidadãos aberto ao debate. O exercício de cidadania não exige militância partidária, exige sim sensibilidade e disponibilidade para acompanhar as decisões dos órgãos autárquicos e denunciar aquilo a que achamos ser prejudicial para todos. Exige sim levar o debate para os locais onde as coisas vão acontecer, para isso fomos candidatos e foi esse o nosso compromisso eleitoral.
A reunião contou com a presença do núcleo activo do Bloco e a representante do Bloco na assembleia municipal que se disponibilizou a estar connosco e nos elucidou quanto aos objectivos da sua presença na assembleia municipal. Debatemos a organização do Bloco a nível concelhio. É um facto que todos se mostram disponíveis a participar mas também se sentem incapazes. É natural tal sentimento quando as pessoas são apresentadas, se lhes apresenta um projecto e se colocam objectivos (apresentar candidatura aos órgãos autárquicos) e após a elaboração das listas, os contactos, as definições das políticas e as acções políticas ficam sujeitas ao querer de um número limitado de participantes. Aqueles que se sentem com energia para participar, não têm o espaço necessário. Este é pouco para aqueles que o querem ocupar!
A preparação de candidaturas aos órgãos autárquicos contou com a abnegação dos elementos que integram as listas. No entanto, nunca foi convocada qualquer reunião de trabalho com estes elementos de forma a conhecerem-se pessoalmente, exporem objectivos ou apresentarem problemas a nível de freguesia ou concelhio. Poucos são os elementos das listas concorrentes aos órgãos autárquicos concelhios que se sintam elementos participativos no processo autárquico.
Sábado toma posse o executivo camarário e a assembleia municipal, o Bloco vai ter três elementos na assembleia municipal.
A partir de sábado só a inexistência de um debate político entre os intervenientes no processo autárquico pode inviabilizar uma prestação política activa dos eleitos. Os eleitos do Bloco serão sempre a garantia de transparência, a voz activa da indignação, o clarim contra situações dúbias de administração do bem público e o mau aproveitamento dos dinheiros públicos.
Os eleitos devem ouvir os camaradas participantes e definir acções públicas tendo por objectivo defender os habitantes locais, preservar o bem público, defender a política de sustentabilidade local e preservando as culturas como bem social inalieanável.
A organização política a nível concelhio poderá demorar algum tempo a ser posta em prática e vai depender de dois factores. A organização dentro dos pressupostos dos estatutos do Bloco, apenas dependente dos aderentes ou a organização tendo por base todos os participantes nas listas aos órgãos autárquicos, organizando-se como força de cidadania suportada nas ideias e princípios do Bloco. A força deste movimento será sempre aquela que virá da participação dos elementos convidados ou admitidos a participar, será sempre a força de um debate aberto, livre e plural e terá como objectivo implementar uma política alternativa.
J. M. A.
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