Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda à Assembleia da República, disse, hoje, ao “Campeão”, que o fecho dos centros do Programa Novas Oportunidades nas escolas secundárias de Avelar Brotero e de Jaime Cortesão (Coimbra) é consequência de uma “ofensiva ideológica” da maioria de Centro-Direita (PSD - CDS/PP).
Como noticiou, quinta-feira, o nosso Jornal, através da edição electrónica, a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) pretende encerrar os referidos centros e o de reconhecimento de competências e formação da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra fechou portas no final de Janeiro.
“Parece-me um acto de mesquinhez”, alega a parlamentar, que lamenta a inexistência de alternativas para habilitar cidadãos com habilitações académicas intermédias e estranha “a falta de uma avaliação credível” da rede outrora criada.
Pelo anterior Governo, dedicados ao Programa Novas Oportunidades, foram criados sete centros em Coimbra, a funcionar nas escolas secundárias de Avelar Brotero e de Jaime Cortesão, no Centro de Formação Profissional do Artesanato (CEARTE), no Centro de Formação Profissional de Coimbra, na Associação Comercial e Industrial de Coimbra, na Escola de Hotelaria e Turismo e na Associação de Paralisia Cerebral.
Ao aludir a falta de justificação da tutela, Ana Drago insurge-se contra o que rotula de “decisão impensável” e alerta para “a discriminação” de duas escolas da rede pública possuidoras de “vasta experiência”.
Em ambos os estabelecimentos de ensino, o funcionamento do Programa Novas Oportunidades assentou, em grande medida, no corpo docente existente; houve, porém, contratação de outro pessoal, cujo trabalho está posto em xeque apesar de continuar vinculado às escolas por mais alguns meses.
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